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Sem as linhas não
adianta a usina gerar energia. O consórcio vencedor do leilão das linhas,
liderado pela estatal chinesa State Grid Brazil Holding (com Eletronorte e
Furnas), não ergueu um poste ainda no trajeto.
Nos bastidores, os chineses pressionam o governo a burlar a lei e
contratar operários em regime de Pessoa Jurídica, e não por CLT. E o pior:
agora exigem que dois terços dos operários sejam chineses.
A presidente
soube da pressão no meio da campanha eleitoral, e escalou Adhemar Palocci,
irmão do ex-ministro da Casa Civil, para negociar com os chineses. Palocci 2 é
diretor de Planejamento da Eletronorte.
Os chineses são
majoritários no consórcio (51%), com Furnas e Eletronorte sócias – 24,5% para
cada.
PORTUGUÊS
COM MANDARIM
Palocci 2 foi
encarregado pela presidente Dilma de convencer os chineses de que não haverá
‘trabalho escravo’ no Brasil – ou seja, um eufemismo para evitar contratos com
trabalhadores via PJ (Pessoa Jurídica) – ainda por cima de chineses, o que
tiraria mão de obra local.
O governo tenta
convencer os chineses de que a legislação brasileira exige a aplicação da CLT
em todas Sociedades de Propósitos Específicos(SPE), como no caso dessa obra.
Já os executivos
asiáticos, em conversas com o governo, querem fazer do seu jeito – como em seu
país – e alegam que aqui os custos trabalhistas seriam altíssimos, sem margem
de lucro. Um detalhe: a obra envolverá nada menos que 12 mil empregos diretos.
O custo das
linhas envolve compra e instalação de 28 transformadores e 25 mil quilômetros
de fios e 4,5 mil torres que sustentam os cabos.
Por três dias a Coluna tentou resposta da assessoria da
Eletronorte, que concentrou a demanda pelo consórcio, mas a empresa não se
pronunciou. Nesta sexta à tarde, procurou por telefone Adhemar Palocci, no
escritório, e não o encontrou.
SOBERANIA
Não é de hoje que
os militares alertam o Planalto para a questão de soberania nacional sobre a
produção e transmissão de energia. Ou seja, a transmissão de energia da futura
usina de Belo Monte está nas mãos do governo da China.
As obras, orçadas
em R$ 5 bilhões, deveriam ter iniciado em abril deste ano, a tempo de ligar
Belo Monte às linhas da Chesf em 2 mil quilômetros, para futuramente abastecer
o Sudeste.
E o Lullalau estava certo
sobre a China (Sem sindicatos para encher o saco e nem congresso para
atrapalhar fica tudo mais fácil) ver no link abaixo:
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