segunda-feira, 2 de maio de 2016

Votação da Camara - Impeachment - a Soberba da auto intitulada massa pensante

Muito se tem discutido, opinado, postado e criticado sobre o que fundamentou muitas das manifestações de voto dos nobres Deputados quando do exame da admissibilidade do Impeachment da nossa Presidenta - juristas, estudiosos, pensadores e a massa burguesa pensante na sua intelectualidade reclamaram das invocações aos meus filhos, minha esposa, Deus, minha terra e por ai afora, como a que desqualificar os representantes legitimamente eleitos - sim, eleitos, como os agora sentados no banco dos réus e cujas votações não se aproveitam só a eles, como o pregam, mas a todos.

Ouso divergir - a luta pelo poder não conhece regras pre estabelecidas e decência de conduta. Ninguém é inocente e a ninguém pode se valer da torpeza dos seus próprios atos.

Os que acham que as decisões do Pais deveriam ficar nas mãos da dita 'massa pensante' pela limitação de qualidade dos brasileiros nas suas escolhas politicas, lembro que o Congresso é a cara do eleitor e é para ele que o eleito dá seu recado - uma forma de solidariamente se identificarem - isto se chama exercício de cidadania.

Se divergimos, outro direito constitucional, que comecemos a pregar a mudança que desejamos nos outros. Como bem assinala a perspicaz a jurista e estudiosa Elza Galdino, essa mudança pode começar junto a nós, quase sempre omissos, no controle das ações que desejamos dos nossos representantes locais - os Senhores Vereadores e que deixamos passar a largo - as pequenas mudanças começam dentro de nós ou ao nosso lado.

Aliás, a propósito, acho estranho que juristas, estudiosos, pensadores e intelectuais abominem outro fundamento constitucional - o direito de petição conferido a qualquer cidadão eleitor. È muita soberba se arrogar no direito de prejulgar, censurar ou exercer o juízo pessoal de admissibilidade de qualquer pedido - seja de impeachment ou compra de algum lote na lua - desapercebidos que as insurreições é que dão a dinâmica ao próprio exercido do direito e da justiça.

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