Todas as manifestações, ao meu sentir, representam o sentimento de uma minoria ou maioria, e porque não, muitas vezes, aspiração comum a todos, sendo, portanto, legítimas, democráticas e saudáveis já que tenho que todos os movimentos buscam assegurar a perene busca do exercício pleno de cidadania que todos merecemos.
Essas manifestações, além de recepcionar obrigatoriamente o bom propósito e a grandeza do debate, não podem dispensar o espírito desarmado do respeito ao próximo, em estrito cumprimento ao bordão de que o direito de um termina onde começa o do outro.
Daí é que defendo que a persuasão e o convencimento ideológico ou político acerca das ideias que se querem propagar deve ser através de mecanismos legais e que assegurem o contraditório no livre pensar – é da essência do juízo de valor que se quer compartilhar – debates servem para catequizar, sensibilizar e conquistar a opinião alheia, divergente, ao contrário da cooptação, agressão, violência e disseminação do medo e do terror pela força.
Mas não é o que se observa no
mundo de hoje – o desrespeito, a violência e o vandalismo só balizam, na
verdade, o que nos espera daqueles de quem ousamos divergir, contrariando-se
lhes interesses ocultos, quase sempre todos eles voltados para o exercício do
poder absoluto e o totalitarismo – da subjugação do próximo.
É de se lamentar que esse
legitimo esforço de oratória do convencimento, manifestação ou protestos em busca da reflexão que se exigem de todo o
processo de mudança por muitos desejado estejam despidos da boa técnica do
convencimento, através de práticas que catequizem e conquistem os diferentes no
pensar, numa demonstração clara do despreparo para o exercício do jogo
democrático, aproximando todos eles, novamente, da própria crítica que fazem
mas que da mesma forma alimentam o seu agir, preconceituosa - de que são melhores que os pretendem convencer.
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