A mídia deste final de semana dá
destaque para mais um conflito entre moradores de rua e que resultou no
assassinato, aqui na Ilha, de mais um filho da desigualdade, condição essa que
vem alimentando as estatísticas dos níveis de pobreza, aliás, há muitos anos,
distante dos debates, enfrentamentos e intolerância ideológicas, limitados que
estão todos eles a padrões de
conveniência política partidária.
Poderia sem preconceito algum, em
defesa do princípio da igualdade, defender que, tal como os protegidos
indígenas, a situação deveria se aproveitar aos manezinhos, filhos da terra
que, delimitando território e controlando o acesso ao seu paraíso, poderiam
resgatar os valores da qualidade da sua identidade laboral, cultural e
ambiental e que os diferencia dos demais Estados.
Todavia, longe desses devaneios, tenho que essa questão dos moradores de rua está ficando cada vez mais crítica na nossa querida Ilha.
Florianópolis não é a solução para a
correção desta triste realidade brasileira.
A municipalidade e seu povo não são
os responsáveis por essa realidade nacional, tampouco destinatários da
reparação dela decorrente.
Prefeituras pagando passagens para o
vai vem entre paragens; os ativistas defensores da ocupação da Praça XV pelos
excluídos, sem necessidade de chek out; entidades assistenciais alimentando ‘in
loco’, com o café da manhã, almoço e janta essa população de rua, estimulando
esse confortável estado de viver e outros incentivos, contrapondo o esforço
municipal de enfrentamento dessas desigualdades, faz de Florianópolis o paraíso
de todos os andarilhos da vida, de rua ou não.
Que não seja essa vergonhosa
situação, confesso desejo ideológico de muitos, a nova vocação turística que
defendemos.
Assim como o libertário Coreto e a
Praça são patrimônio também do povo, a cidade merece mais respeito dos que
acolhe com tanta generosidade.
Respeito ao próximo se retribui com
igual respeito, até em homenagem da livre e democrática convivência entre
todos.
Não alimente com peixes - ensine a
pescar.
Sem protagonismos, que instituições
filantrópicas e o poder público sejam parceiros dessa mudança.
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